Já parou pra pensar se o que dizem por aí sobre ganho de peso é gordofobia ou preocupação?
Acabei de assistir a um vídeo de 2015 em que mulheres gordas falam sobre sua dificuldade na sociedade.
Antes li um artigo de 2017 intitulado “O problema não é ser gordo, é a discriminação”.
Aliás, OMS trata obesidade como uma “doença crônica” e diz que é um dos problemas mais graves que temos que enfrentar.
No Brasil, antes da pandemia, essa “doença” tinha aumentado 72%, saindo de 11,6% em 2006 para 20,3% em 2019 (segundo a ABESO).
Em 2019, 407.589 brasileiros tinham obesidade grau III. Em 2022, pós pandemia, esse número subiu para 863.083. Isso representa um aumento de 29,6% em apenas 4 anos (segundo o Ministério da Saúde).
Contudo, esses dados não ajudam em nada.
Antes de mais nada, uma pessoa gorda que esteja insatisfeita com o próprio corpo, entra numa guerra.
Mas as batalhas nem sempre são previsíveis.
Sem dúvida uma pessoa em guerra pode entrar num caminho de autodestruição. Ou seja, ela pode comer cada vez mais, e engordar mais também.
Assim como ela pode se privar de tudo – desde a comida até relações sociais – e, desse modo, cair em depressão.
Inegavelmente, a discriminação contra gordos existe.
Porém, a preocupação com a obesidade também.
A solução para um bom desfecho da situação, infelizmente, ainda não.
É preciso encontrar o equilíbrio entre o caminho para um corpo saudável preservando sua mente sã.
Talvez você precise começar sua jornada cuidando da mente.
Quem sabe seja o caso de começar já cuidando do corpo.
O que você não deveria fazer é não se cuidar. Ignorar-se. Autodestruir-se.
Cuide de si, do próximo e de todos que puder.
Encontre forças para superar a gordofobia. Encontre forças para ajudar quem precisa enfrentá-la.
Tenha sabedoria para externar sua preocupação. Preocupe-se com os outros.
Um dos 863.083 brasileiros diagnosticados com obesidade grau III pode estar bem perto de você.
Seja gentil quando ele cruzar seu caminho.